Djavan
Composição: Djavan
Tudo passa
Enquanto a hora espera
Quando ave noturna pia
Todos piam, eu espio,
Noite fria, na luz guia
Do luar, que lugar...
Que lugar, que lugar
Quando é hora
O amor se vai embora
Sem saber como seria
Mais um dia se recria
Na paixão, outro chão,
Outra vez, toda vez,
Toda vez, toda vez...
A vereda é azulada
E sofrida a solidão
Que sem chão
Faz morada no descaminho
Bem quando a luz do cacto
Reflete ao sol altivo
A chuva rompe o pacto
Inundando a tarde quente
E o prazer que sente a joaninha
Quando anda pela flor
Ganha um quê de sacrifício e dor
Volto a contemplar
O firmamento
Bruma que o cobria
Esvaneceu
Cheia de pesar
Estrela espia
A luz do luar
Que a escondeu!...
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Todo o amor que houver nesta vida
Cazuza
Roberto Frejat
Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a sua fonte escondida
Te alcance em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão, e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria
Roberto Frejat
Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a sua fonte escondida
Te alcance em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão, e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Quem sabe um dia
Mário Quintana
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!
Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!
Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!
Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!
Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois
Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois
Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois
Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois.
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!
Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!
Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!
Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!
Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois
Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois
Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois
Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois.
Cantar
Raul Seixas
Composição: Raul Seixas e Claudio Roberto
Eu já falei sobre disco voador
E da metamorfose que eu sou
Eu já falei só por falar
Agora eu vou cantar por cantar
Já fui garimpeiro
Encontrei ouro de tolo
Eu já comi mentade do bolo
Eu já avisei, só por avisar
Agora eu vou cantar por cantar
Cantar tudo o que vier na cabeça
Eu vou cantar até que o dia amanheça
Eu vou cantar...
Cantar tudo o que vier na cabeça
Eu vou cantar até que o dia amanheça
Eu vou tocar... tocar... tocar...
Cantar tudo o que vier na cabeça
Eu vou cantar até que o dia amanheça
Eu vou cantar...
Já fui mosca na sopa
Zumbizando em sua mesa
Também já fui maluco beleza
Eu já reclamei, só por reclamar
Agora eu vou cantar por cantar
Cantar tudo o que vier na cabeça
Eu vou cantar até que o dia amanheça
Eu vou cantar...
Composição: Raul Seixas e Claudio Roberto
Eu já falei sobre disco voador
E da metamorfose que eu sou
Eu já falei só por falar
Agora eu vou cantar por cantar
Já fui garimpeiro
Encontrei ouro de tolo
Eu já comi mentade do bolo
Eu já avisei, só por avisar
Agora eu vou cantar por cantar
Cantar tudo o que vier na cabeça
Eu vou cantar até que o dia amanheça
Eu vou cantar...
Cantar tudo o que vier na cabeça
Eu vou cantar até que o dia amanheça
Eu vou tocar... tocar... tocar...
Cantar tudo o que vier na cabeça
Eu vou cantar até que o dia amanheça
Eu vou cantar...
Já fui mosca na sopa
Zumbizando em sua mesa
Também já fui maluco beleza
Eu já reclamei, só por reclamar
Agora eu vou cantar por cantar
Cantar tudo o que vier na cabeça
Eu vou cantar até que o dia amanheça
Eu vou cantar...
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Amar
Tom Zé
Composição: Tom Zé
Amar, amar
Ceder ao coração
A razão
E só, só, só viver
Pra ser
A casca pro outro
Viver.
E ter, e ter e ter....
Amarguras mil sem ter,
Por que e pra que tecer
E ser...
Como uma varinha de condão
Para quando riscar o chão
Espalhar, espalhar no céu (ah!)
Beatles a granel
Em sonhos de papel
Porque na vida amar é fel e mel
(bis)
Tudo bem alto,
Tudo baixinho,
Tudo calado
Tudo bem alto,
Tudo baixinho
Tudo...
Composição: Tom Zé
Amar, amar
Ceder ao coração
A razão
E só, só, só viver
Pra ser
A casca pro outro
Viver.
E ter, e ter e ter....
Amarguras mil sem ter,
Por que e pra que tecer
E ser...
Como uma varinha de condão
Para quando riscar o chão
Espalhar, espalhar no céu (ah!)
Beatles a granel
Em sonhos de papel
Porque na vida amar é fel e mel
(bis)
Tudo bem alto,
Tudo baixinho,
Tudo calado
Tudo bem alto,
Tudo baixinho
Tudo...
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
A Teia
Pedro Marodin.
A teia que a vida tece,
tecido de um fragmento
de luz, de imagens,
de alegrias, provas e bênçãos,
dos nossos sonhos,
os mais íntimos
teia armada
entre a tua
e minh'alma.
A teia que a vida tece,
tecido de um fragmento
de luz, de imagens,
de alegrias, provas e bênçãos,
dos nossos sonhos,
os mais íntimos
teia armada
entre a tua
e minh'alma.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Meu Amigo Pedro
Raul Seixas
Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho
Muitas vezes, Pedro, você fala
Sempre a se queixar da solidão
Quem te fez com ferro, fez com fogo, Pedro
É pena que você não sabe não
Vai pro seu trabalho todo dia
Sem saber se é bom ou se é ruim
Quando quer chorar vai ao banheiro
Pedro as coisas não são bem assim
Toda vez que eu sinto o paraíso
Ou me queimo torto no inferno
Eu penso em você meu pobre amigo
Que só usa sempre o mesmo terno
Pedro, onde você vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Tente me ensinar das tuas coisas
Que a vida é séria, e a guerra é dura
Mas se não puder, cale essa boca, Pedro
E deixa eu viver minha loucura
Lembro, Pedro, aqueles velhos dias
Quando os dois pensavam sobre o mundo
Hoje eu te chamo de careta, Pedro
E você me chama vagabundo
Pedro, onde você vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Todos os caminhos são iguais
O que leva à glória ou à perdição
Há tantos caminhos tantas portas
Mas somente um tem coração
E eu não tenho nada a te dizer
Mas não me critique como eu sou
Cada um de nós é um universo, Pedro
Onde você vai eu também vou
Pedro, onde você vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
É que tudo acaba onde começou
Meu amigo Pedro
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Alento
Quando nada mais houver,
eu me erguerei cantando,
saudando a vida
com meu corpo de cavalo jovem.
E numa louca corrida
entregarei meu ser ao ser do Tempo
e a minha voz à doce voz do vento.
Despojado do que já não há
solto no vazio do que ainda não veio,
minha boca cantará
cantos de alívio pelo que se foi,
cantos de espera pelo que há de vir.
( Extraído do livro Caio Fernando Abreu- Caio 3D, O Essencial da Década de 1970, p.144)
"Como nuvens pelo céu
Passam por mim.
Nenhum dos sonhos é meu
Embora eu os sonhe assim.
São coisas no alto que são
Enquanto a vista as conhece,
Depois são sombras que vão
Pelo campo que arrefece.
Símbolos? Sonhos?
Quem torna meu coração ao que foi?
Que dor de mim me transforma?
Que coisa inútil me dói?"
Fernando Pessoa
Passam por mim.
Nenhum dos sonhos é meu
Embora eu os sonhe assim.
São coisas no alto que são
Enquanto a vista as conhece,
Depois são sombras que vão
Pelo campo que arrefece.
Símbolos? Sonhos?
Quem torna meu coração ao que foi?
Que dor de mim me transforma?
Que coisa inútil me dói?"
Fernando Pessoa
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
...ser além do que se é...
...há impossibilidade de ser além do que se é -
no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio,
sou mais do que eu, quase normalmente -
tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação
de meu começo......
a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais....
Clarice Lispector
...há impossibilidade de ser além do que se é -
no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio,
sou mais do que eu, quase normalmente -
tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação
de meu começo......
a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais....
Clarice Lispector
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